BAHIA:Corpo de Bombeiros forma brigadistas mirins em Camaçari

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Em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), 19 alunos da Escola Professor José Alan apresentaram, na manhã desta quinta-feira (9), para pais e professores uma manobra de salvamento com imobilização da vítima. A técnica foi aprendida durante as três primeiras aulas do curso de Brigadista Mirim, um projeto piloto do 10º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) que pretende, em 15 aulas, formar os estudantes para realizar ações de socorro e se tornarem multiplicadores.

“Esse projeto surgiu de uma iniciativa do Corpo de Bombeiros junto ao Conselho de Segurança Municipal [de Camaçari], onde numa discussão com o Ministério Público, nós tínhamos a informação de diversos problemas em algumas escolas. A gente sugeriu que os Bombeiros formassem turmas de brigadistas mirins dentro das escolas, com aulas de prevenção e combate a incêndios, primeiros socorros, cidadania, ordem unida, fazendo o que essas crianças entendam o que é ser bombeiro”, explicou o comandante do 10º GBM, Tenente Coronel Lanusse Andrade.

Foram selecionados meninos e meninas com idade entre 8 e 14 anos que se inscreveram voluntariamente. As três primeiras aulas foram na própria escola, mas também estão previstas atividades externas. “Teremos visita no quartel dos bombeiros de Simões Filho, onde teremos as aulas práticas de combate a incêndio urbano e florestal. Na parte de primeiros socorros e suporte básico de vida, a gente vai fazer com que os alunos venham aprender a executar o atendimento e o pedido de ajuda até que o bombeiro ou Samu chegue ao local”, contou o coordenador do projeto, Sub Tenente Ednaldo Silva.

“Achei muito importante, muito legal porque eu também quero ser uma bombeira, eu acho muito bonito o trabalho do bombeiro porque é salvar vida, né? Eu sempre quis salvar vidas”, declarou a estudante Ana clara Silva de 10 anos, aluna do curso de brigadista mirim. Vinícius Prado, também já pensa em ser bombeiro e aprovou as aulas. “Eu gostei quando socorre a vítima. O sentimento é alegre”, relatou o garoto de 10 anos.

“Do ponto de vista pedagógico, o projeto faz com que o aluno coloque em prática a sua cidadania. Ajuda o outro, cuida do outro. Eles têm se comportado de uma forma surpreendente. Com o passar dos dias, a gente consegue ver muitas mudanças, principalmente comportamentais. Eles têm se sentido realmente bombeiros, na hora do recreio, eles têm tentado ajudar o colega que cai, o colega que corre, pedem que não corram. Então, a gente já vê frutos das aulas e como eles têm se empenhado nisso”, avaliou a diretora da escola, Daniela Martins.