Festival Beiru das Artes Negras encerra atividades com mostra artística no Teatro da Uneb

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Festival Beiru das Artes Negras encerra atividades com mostra artística no Teatro da Uneb

Samba de roda, contação de histórias, capoeira, coreografias, poesia, vídeos e debates temáticos sobre os desafios contemporâneos relacionados à sobrevivência da comunidade negra, marcaram o encerramento do Festival Beiru das Artes Negras (FESTBAN), no Teatro da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), neste domingo (26). O evento, realizado pelo Instituto de Formação em Artes (IFÁ), chegou à sua 4ª edição marcando presença no calendário de Salvador, em novembro, como uma das iniciativas que celebra o mês da Consciência Negra.


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De acordo com Robson Correia, idealizador e diretor artístico do FESTBAN, o evento estimula a juventude negra a despertar para a utilização da arte como um potente instrumento de educação social, além de manter viva a história de resistência do líder negro Beiru. “Como resultado do nosso trabalho de resistência, em 2024, o FESTBAN vai integrar a programação do evento Salvador Capital Afro, realizado pela Prefeitura. Eu e toda equipe estamos felizes, pois isso mostra o reconhecimento deste festival e sua importância para além do bairro do Beiru/Tancredo Neves”.

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Nesta edição, o FESTBAN contou com a participação de 147 artistas e 22 comunidades foram contempladas com ações do festival. O festival passou por 11 Escolas Públicas, teve a contribuição de 11 coletivos artísticos e contou também com uma equipe de 31 profissionais, envolvidos na organização e execução do evento. No último dia, foram realizadas também duas mesas de debates, denominadas Giras Temáticas do FESTBAN Ano IV, com os temas: "Produção Artística LGBTQIAPN+ nas Comunidades" e "Empreendedorismo Artístico nas comunidades".

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Para celebrar o sucesso do festival, diversos grupos artísticos estiveram no palco do teatro UNEB: Mãos no Couro, Companhia de Artes Elementos, Cia da Mata, Associação de Capoeira Beiru, Associação de Capoeira Defesa e Ataque Nova Geração, Coletivo Tempo de Evoluir, Ballet Cetro Clóvis Soares e as artistas Carolina Bastos (Kalemba), Emillie Lapa e Natalyne Santos.

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“Esse festival se constitui como um quilombo artístico que não só promove arte e cultura para região do Cabula, mas também estimula grupos a produzirem trabalhos para trazer para o FESTBAN. Fico muito feliz em ver tudo isso”, destacou Juliana Monique, artista e produtora cultural do Beiru, que apresentou uma obra de poesia, chamada 'Escravizados'.

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O FESTBAN conta com o apoio da Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Matos, Apoio UHAA! Gráfica e Design, Forte Supermercado, Universidade do Estado da Bahia, Gira Grupo de Pesquisa da UFBA e Estúdio Casa de Mainha.

Fotos: André Frutuôso  /Estúdio Casa de Mainha