Senadores querem prorrogação do auxílio emergencial fora do ajuste fiscal
Por Por Istoé dinheir com Agência Senado
10/02/2021 19:55
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O debate aconteceu durante a primeira reunião de líderes dos partidos no Senado
Nesta terça-feira (9), os senadores discutiram a necessidade da prorrogação do auxílio emergencial, ou a criação de outro programa de assistência social, que não faça parte das medidas compensatórias de ajuste fiscal.
O debate aconteceu durante a primeira reunião de líderes dos partidos no Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, disse, em vídeo divulgado pela TV Senado, que pretende usar sua “boa relação” com o presidente Jair Bolsonaro e com a equipe econômica para avançar nas negociações.
“É um momento de reflexão sobre as pessoas que estão vulnerabilizadas pela pandemia. Precisamos de uma reedição de um projeto de assistência social. Há muitas ideias, de diversos senadores, e eu vou buscar repercutir o sentimento do colégio de líderes para o governo”, ressaltou.
Pacheco afirmou ainda que o Congresso vai instalar nesta quarta-feira (10) a Comissão Mista de Orçamento (CMO) para analisar as contas públicas. O grupo seria criado hoje, mas foi adiado por conta da decretação de luto oficial, pela morte do senador José Maranhão, vítima da covid-19.
Ontem (8), Bolsonaro afirmou, pela primeira vez desde que o auxílio emergencial acabou em dezembro de 2020, que o governo discute alternativas para seguir com o benefício. Diferente da primeira edição, com pagamentos de R$ 600 e R$ 300, a nova fase do programa deve contar com parcelas de R$ 200.
Porém, alguns senadores acreditam que o valor não é suficiente para ajudar a população. O senador Humberto Costa, por exemplo, avalia que a crise continua e foi agravada pelo aumento do desemprego e dos preços dos alimentos.
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica formada por 12 senadores e mais de 190 deputados também já se mobiliza em defesa da prorrogação do auxílio emergencial e da ampliação do Programa Bolsa Família.
No entanto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que não há espaço para uma nova rodada de auxílio emergencial fora do teto de gastos.
“É preciso tomar ações para que a dívida não continue crescendo. A reação dos mercados nos mostra que a fragilidade fiscal pesa mais do que os eventuais benefícios de se colocar mais dinheiro na economia”, afirmou, em evento virtual promovido pelo Observatory Group.
Por Istoé dinheir com Agência Senado
Imagem: Crédito: Arquivo / Agência Senado