Vereador eleito e mais dois homens são presos suspeitos de integrar grupo de extermínio em Viçosa, AL

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Vereador eleito e mais dois homens são presos suspeitos de integrar grupo de extermínio em Viçosa, AL

Investigações já apontaram ao menos seis homicídios cometidos pelo grupo, mas a Polícia Civil apura ainda outros quatro assassinatos.



Três homens foram presos na manhã desta quinta-feira (19) em Viçosa, no interior de Alagoas, durante operação policial que investiga suspeitos de integrar um grupo de extermínio. Entre os presos está um vereador eleito no último domingo (15), Vavá Oliveira (Republicanos). A informação foi confirmada pela Polícia Civil.

A defesa do vereador e dos outros dois suspeitos presos declarou que as acusações contra os clientes não são verdadeiras e que já está tomando as medidas cabíveis (confira a nota na íntegra ao final do texto).

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Policiais da 9ª Delegacia Regional de Viçosa (9ª DRP) cumpriram os mandados de prisão expedidos pela juiza Juliana Batistela, da comarca do município. A operação foi comandada pelo delegado Guilherme Sillero.

O chefe de operações da 9ª DRP, Joubert Ataíde, contou como o grupo costumava agir. “Os suspeitos de 49, 30 e 22 anos agiam matando pessoas com promessas de recompensa e vantagens como votos e apoio político, intimidando e ameaçando testemunhas e familiares das vítimas, bem como eliminando provas dos crimes”.

As investigações já apontaram ao menos seis homicídios cometidos pelo grupo, mas a Polícia Civil investiga ainda outros quatro assassinatos ocorridos na Zona da Mata.

Nota da defesa dos suspeitos presos

As imputações criminosas são inverídicas. Verificamos que, infelizmente, a Autoridade Policial reuniu diversos inquéritos em um único pedido de prisão temporária, alguns instaurados há quase três anos e sem autoria identificada. E agora, baseado no relato de uma única declarante, que não apresentou qualquer outro elemento de prova, decidiu atribuir aos investigados suas autorias. Destaque-se que a declarante manteve relacionamento conjugal com um dos investigados, encerrado há poucos meses, e em retaliação praticou verdadeira denunciação caluniosa. A Defesa já está adotando as medidas judiciais cabíveis para reverter a situação, na certeza de que deve prevalecer a presunção de não culpabilidade e julgamentos sumários e discussões baseadas em suposições ou versões unilaterais devem ser evitadas.



Por G1 AL
Foto: Ascom/PC