Canoa de Tolda vira após aumento do nível das águas do Rio São Francisco em Pão de Açúcar

Canoa
Canoa de Tolda vira após aumento do nível das águas do Rio São Francisco em Pão de Açúcar

A embarcação faz parte do Patrimônio Histórico Nacional e é símbolo do Velho Chico


A última canoa de tolda, a Luzitânia, original da época do Brasil Colônia e que estava encalhada em um banco de areia no Rio São Francisco, virou nas águas localizadas em Pão de Açúcar, Sertão de AL. E a causa disso foi o aumento do nível da água no Velho Chico, que chegou a maior vazão em 13 anos nessa segunda-feira (24), quando alcançou 4.000 metros cúbicos por segundo (m³/s). A canoa foi tombada em 2012 como patrimônio histórico nacional pelo Iphan.

A canoa de tolda é uma herança da colonização holandesa no Nordeste e tem esse nome por causa da cobertura em madeira na parte do convés. Ela é o símbolo do rio São Francisco, assim como o Mandacaru é símbolo do Sertão.

As canoas de toldas faziam o transporte de mercadorias na região do Alto e Baixo São Francisco no passado e se tornou de grande importância econômica para a região

Após um longo período de negociação para a compra da Luzitânia, ela passou por uma intensa reforma realizada por artesãos tradicionais da região.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSH) informou, nesta terça-feira (25), que as vazões dos reservatórios de Sobradinho e Xingó foram elevadas gradualmente do patamar de 1.000 m3/s para o patamar de 4.000 m3/s, no período de 12/01 a 24/01. Não há previsão de redução para os próximos dias.

Comerciantes que atuam na Prainha de Penedo, local bastante frequentado por moradores e turistas, precisaram deixar na segunda-feira (24) o local em razão do aumento do nível do Velho Chico, com a abertura das comportas das Hidrelétricas de Sobradinho, na Bahia, e Xingó. Penedo fica localizada na região do Baixo São Francisco.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco chamou a atenção para a não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio, considerando a possibilidade de elevação da vazão a depender da evolução do quadro de chuvas na bacia.

*Com informações da TV Gazeta e do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco

Por Mariane Rodrigues I Gazeta Web
Imagem: Divulgação Gazeta Web