Dia dos Avós celebra vínculos afetivos e reforça o cuidado com a saúde na terceira idade

Por Assessoria de Comunicação
26/07/2025 20:06
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O Dia dos Avós, comemorado em 26 de julho, é uma celebração do afeto e da valorização dos idosos na família e na sociedade. Essa população tem crescido e vivido mais. Segundo o IBGE, a expectativa de vida ao nascer no Brasil passou de 62,5 anos em 1980 para 75,5 anos em 2022. Com esse avanço, cresce a necessidade de cuidados que garantam qualidade de vida e bem-estar na terceira idade.
A partir dos 60 anos, ocorrem mudanças físicas, como perda de massa muscular, e sociais, como aposentadoria e perda de autonomia. O coordenador do curso de Educação Física da Unijorge, Iuri Nascimento, destaca que a atividade física nessa fase traz benefícios cardiorrespiratórios, neuromusculares, psicológicos, além de melhorar a composição corporal e a cognição.
Diversos exercícios podem beneficiar os idosos, como hidroginástica, pilates, funcional e musculação, sempre com orientação de um profissional de Educação Física. O coordenador reforça a importância de uma avaliação clínica e funcional antes de iniciar ou escolher a atividade, para identificar possíveis limitações. “A atividade deve proporcionar prazer e motivação ao idoso, pois assim a adesão ao programa de exercícios será facilitada e os resultados, decorrentes da prática regular, serão otimizados”, acrescenta.
A alimentação equilibrada é fundamental nessa fase. A professora do curso de Nutrição da Unijorge, Renata Oliveira, recomenda variedade na alimentação e preferência por carnes brancas, uso de temperos naturais e redução do sal. Recomenda ainda que as pessoas evitem o excesso de açúcares e alimentos industrializados, e aumentem o consumo de frutas, com três a cinco porções diárias. O cálcio, essencial para ossos e dentes, pode ser obtido por meio do leite, derivados, folhas verdes escuras e sementes de abóbora. Para mais fibras e bom funcionamento intestinal, podem usar chia, aveia e linhaça. Além da alimentação, a professora recomenda tomar sol até as 10h e após as 15h, o que ajuda na absorção da vitamina D.
Ela reforça ainda sobre o consumo de água, que deve ser de pelo menos 1,5 litros por dia. “Com o envelhecimento, existe uma redução do estímulo à sede. Para melhorar o consumo de líquidos, a sugestão é oferecer a água saborizada, com rodelas de laranja, limão, abacaxi ou hortelã, para melhorar a aceitação”, diz.
Assim como os cuidados com o corpo, cuidar da saúde mental traz benefícios para o convívio familiar e para o bem-estar dessas pessoas. O psicanalista, psicólogo e professor do Curso de Psicologia da Unijorge, Cauan Reis, alerta para sinais como tremores, aperto no peito e confusão mental, que indicam sofrimento psíquico intenso. Tristeza constante, irritabilidade, isolamento, dificuldades sociais, silêncio excessivo, limitações físicas, falta de apetite e alterações fisiológicas também podem sinalizar enfraquecimento da saúde mental.
Algumas estratégias para investir na adaptação e diminuir o sofrimento dos idosos são respeitar os gostos e hábitos da pessoa, promover atividades que estimulem a memória, o corpo e o cérebro, sempre com acompanhamento profissional em todos os casos. Também recomenda-se investir em autonomia por meio da aprendizagem e da atualização de conhecimentos e incentivar o convívio social, a interação familiar e a participação nas atividades do dia a dia.
“O aumento da expectativa de vida é esperado, considerando o avanço das tecnologias e da ciência. Mas o que muitas famílias e a sociedade não observam é que o público de 65, 70+ acumula demandas ao longo da vida e sofre, muitas vezes, em silêncio”, explica Reis.